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Dieta sem glúten pode ajudar a combater as complicações da diabete

Publicado  segunda-feira, 5 de março de 2012


Dieta sem glúten pode ajudar a combater as complicações da diabete

DiabeteCrianças portadoras de diabete tipo 1 tem uma maior risco de desenvolver a doença celíaca: nos casos em que a associação entre estas duas condições foi estudada, cerca de 4 a 8% das crianças diabéticas também foram dianosticadas como celíacas. A doença celíaca requer a adoção de uma dieta completamente isenta de glúten. Assim, para aquelas crianças diabéticas diagnosticadas como celíacas também se prescreve a eliminação do glúten da dieta.
Um estudo recente pelo Dr. Malalasekera e colaboradores (do Department of Endocrinology and Diabetes, Royal Children's Hospital em Melbourne, na Austrália) agora sugere que, ao mesmo tempo que a eliminação do glúten é eficaz para redução dos sintomas e complicações da doença celíaca, ela também poderia ter um efeito positivo na redução das complicações da diabete a longo-prazo.
A hiperglicemia ainda é considerada uma das causas principais dos problemas associados à diabete. Quando o excesso de glicose se deposita nas células, este forma substâncias denominadas produtos finais da glicosilação avançada (PFGAs), os quais se acumulam e podem facilitar o desenvolvimento de complicações como a insuficiência renal. A formação de PFGAs ocorre de forma acelerada nos diabéticos devido à maior disponibilidade de glicose mas, conforme os autores, os PFGAs também poderiam ser adquiridos diretamente da dieta.
Assim, o Dr. Malalasekera e seus colaboradores postularam que - dado que a dieta livre de glúten é pobre em farinhas e alimentos processados a altas temperaturas (os quais são ricos em PFGAs) - a eliminação do glúten poderia levar a níveis de PFGAs nas crianças com doença celíaca mais baixos (e melhor funcionamento renal) do que os observados nas crianças diabéticas não-celíacas.
A pesquisa então conduzida - a qual envolveu 21 crianças com diabete tipo 1 e doença celíaca e 38 crianças apenas com diabete - mostrou que aquelas crianças portadores de ambas as doenças (diabete e doença celíaca) de fato tinham níveis mais baixos de PFGAs circulando no sangue, independentemente de fatores como controles metabólicos e do manejo da diabete.
A replicação destes resultados, bem como sua confirmação em estudos envolvendo a eliminação do glúten da dieta em pacientes diabéticos não celíacos, ainda é necessária para que se possa determinar se a dieta sem glúten seria benéfica para diabéticos não celíacos. De qualquer forma, os resultados deste novo estudo sugerem que a adoção da dieta sem glúten pode ser benéfica também na redução das complicações da diabete tipo 1 em crianças diabéticas portadoras da doença celíaca.
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